É... a calmaria é um troço esquisito...
A angústia é tanta,
as incertezas atormentam e sufocam com tanta intensidade,
as incertezas atormentam e sufocam com tanta intensidade,
as batalhas cotidianas se tornam quase sempre
tão árduas
tão sangrentas que,
tão sangrentas que,
quando o vento chega como brisa... a gente
estranha.
Parece que falta algo.
Então percebemos.
Falta a dor.
Como se para estar vivo sempre fosse necessária a dor.
E agora?
Despertamos em riste... Dentes
trincados... .
Engolimos o pão seco.
De um gole só o café ferve goela
abaixo.
Marchamos até o ponto de ônibus
já prevendo as tempestades cotidianas.
já prevendo as tempestades cotidianas.
Pagamentos, atrasos, gritos,
calor, filas, mentiras, enganos,
prejuízos, injustiças,
danos, perdas, dolos, fúria,
medos, asco, febre,
nóias, abraços frios,
nóias, abraços frios,
olhares sombrios, risos de meia
boca,
cochichos, desperdícios,
cochichos, desperdícios,
sapos, silêncios, sinais de mais,
ações de menos,
desconforto,
desconforto,
falta de ar, falta de amar, falta
de mar, de sol,
de vento, de lua,
de vento, de lua,
de estrelas,
de céu, de gente!!
Sobressalto, correria, multidão,
melancolia, solidão.
É tanto, tanto, tanto, tanto...
que...
Quando o tudo se aquieta...
Apruma
Ordena
Regenera
Alinha
Prospera
Engrena...
Eia... gente estranha.
Mas
Toda guerra tem trégua.
Festejemos então... as pausas
para a paz.
Cuide das feridas.
Limpe as armas.
Nunca se sabe...
( 2015)
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