13 novembro 2017

POEMA OCO

Esse poema brota sem inspiração.
Oco.
É que, as vezes, o oco  também transborda.
Oco eco!!
Suspenso vazio que  consome e rouba
o grito, o riso, o choro, o gozo, o silêncio .
Poema caótico.
Seco.
Poema poeira. Pó de estrada.
Poema sem pé nem cabeça.
Poema de corpo, alma e vísceras.
Poema que  não consente. Mas cala. Fundo.
Desestruturado e desequilibrado.
Sim, poema sem razão.
Quis nascer à revelia
Monte de rabiscos
Pedindo  por vida. 

Foto: Patrícia de Paula

Nenhum comentário:

Postar um comentário