26 janeiro 2016

DESPAIXÃO

E, no fim, o que resta...
Um tanto de desilusão
Umas olheiras, a mais
Uns quilos, a menos
Novas neuroses
Regresso de velhos fantasmas
Fotos deletadas
Perfis bloqueados
Canções amaldiçoadas
Locais intransitáveis
Lembranças insistentes
Ressacas apoteóticas
Mais um animal de estimação
Gastrite
Rinite
Tendinite
Otite
Talvez, um úlcera duodenal
Certamente, recorrentes crises de enxaqueca.
O profundo questionamento: “Mas quem ele pensa que é?”
A efêmera certeza do: “ Comigo, nunca mais!!”
Uma súbita crise de amnésia
Seguido de um fulminante ataque de esperança e...
Esse poema, sem sentido

"Mulher em frente ao espelho"
Picasso

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