O
abraço suado, apertado, quase sufocado
seguido
por um gemido abafado indicam o fim.
As
funções vitais abandonam o exagero
retomam
em calmaria,
proporcionando, renovada,
a
vida.
Os
olhares, ainda que não apaixonados
Confessam o
quanto foi bom cada instante.
Os
dedos suavemente acariciam a cabeça
e
desalinham ainda mais os cabelos.
As
mãos passeiam sobre a pele
num
vai e vem infinito como alguém que
anda
em círculos, perdido em seu caminho.
Os
braços que tomam posse do outro
como
se pudessem impedir o tempo de passar
Beijos,
cheiros...
Boca,
peito..
Coxas,
mãos..
Braços,
seios..
As
respirações que se misturam,
os
risos e sorrisos que se entendem
no
silêncio revelador do depois.
2005
Nenhum comentário:
Postar um comentário